
Trump pede resposta pacífica ao assassinato de Charlie Kirk

O presidente Donald Trump pediu a seus apoiadores nesta quinta-feira (11) que respondam sem violência ao assassinato do ativista de direita Charlie Kirk, enquanto as autoridades afirmam que a investigação apresenta "avanços rápidos".
Kirk, um influenciador republicano de 31 anos aliado do presidente Donald Trump, morreu na quarta-feira após ser baleado enquanto falava em um evento na Utah Valley University, na pequena localidade de Orem.
"Ele defendia a não violência. É dessa maneira que quero que as pessoas respondam", disse o presidente aos jornalistas sobre o caso.
Embora a identidade do suspeito ou a motivação do crime não sejam conhecidas, o presidente inicialmente responsabilizou a esquerda, mas nesta quinta-feira foi mais comedido.
Quando um jornalista perguntou sobre os possíveis motivos do crime, Trump limitou-se a responder: "Tenho uma pista, sim, mas contarei mais tarde".
As autoridades iniciaram uma busca frenética pelo suspeito, que continua foragido.
O FBI divulgou duas fotos de um homem considerado "o potencial atirador" e oferece uma recompensa de 100 mil dólares(538 mil reais)por informações que levem à sua identificação e captura.
As imagens borradas mostram um homem com um boné preto, óculos escuros e uma camiseta preta com uma estampa que parece ser a bandeira americana.
"As capturas de tela foram obtidas dos vídeos de segurança do campus pouco antes do tiroteio", informaram os investigadores.
- Símbolos nas munições -
Uma arma foi localizada em uma área arborizada que se acredita ter sido a rota de fuga do suspeito, declarou Robert Bohls, diretor local do FBI.
O FBI está analisando a arma e as munições "incluindo inscrições e símbolos".
"Neste momento, não podemos fornecer mais detalhes sobre o conteúdo dessas inscrições", disse o último boletim do caso emitido na tarde de quinta-feira.
Os investigadores recolheram uma pegada, uma impressão palmar e impressões do antebraço.
O FBI qualificou o crime como "ataque seletivo", o que chocou o país, onde a violência política tem se intensificado nos últimos anos.
O próprio Trump foi alvo de duas tentativas de assassinato durante a campanha eleitoral de 2024.
Este ano, a deputada democrata Melissa Hortman e seu esposo foram assassinados, e a casa do governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, foi incendiada.
Kirk, a quem é atribuído ter contribuído com um forte eleitorado jovem para a vitória de Trump, levou um tiro no pescoço enquanto discutia com estudantes.
Trump foi quem anunciou sua morte na quarta-feira, chamando-o de "mártir".
Em uma mensagem subsequente à nação, Trump disse que era "um dia sombrio para os Estados Unidos".
O presidente prometeu nesta quinta-feira que concederá a ele a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria civil dos Estados Unidos.
- "Mudou o clima político" -
O crime foi condenado por ambos os lados do espectro político, em uma rara demonstração de consenso na extremamente polarizada opinião pública americana.
No entanto, teorias conspiratórias e mensagens confrontadoras proliferam nas redes sociais.
"Eles estão em guerra contra nós", reagiu na quarta-feira o conhecido jornalista da Fox News, Jesse Watters.
O conservador foi assassinado justamente enquanto respondia à pergunta de um jovem sobre os tiroteios nos Estados Unidos.
Pai de dois filhos e defensor apaixonado de valores conservadores e cristãos, Kirk era muito conhecido no cenário político americano após cofundar a organização Turning Point USA em 2012, cuja missão era promover ideias conservadoras entre os jovens.
"Ele realmente mudou o clima político nos campi americanos, levando os jovens a considerarem as ideias conservadoras de maneira diferente", disse Dave Sanchez, que participava do evento de quarta-feira.
O vice-presidente JD Vance deve se reunir nesta quinta-feira em Utah com a família de Kirk.
M.Hill--SFF